PR autoriza construção da linha de energia Gove-Chipindo-Cuvango
Mais de 196 milhões de euros serão disponibilizados pelo Executivo para a construção da linha de transporte de energia eléctrica a 220 kV Gove-Chipindo-Cuvango, cuja despesa foi autorizada, por despacho, pelo Presidente da República, João Lourenço.
A informação, publicada em Diário da República, acrescenta que a referida linha de transporte de energia eléctrica terá uma extensão de 175 quilómetros, incluindo as respectivas subestações, e é referente ao projecto mineiro de Cassinga.
A autorização da despesa consta do Despacho número 99/23 de 9 de Maio, que orienta a abertura do Procedimento de Contratação Simplificada para a implementação do projecto, avaliado em 196 milhões 789 mil euros.
Segundo o documento, o projecto enquadra-se nos esforços do Executivo angolano para reduzir a pobreza mediante o aumento e melhoria dos serviços básicos, entre os quais o acesso à energia eléctrica.
A empreitada estará a cargo da empresa turca Pak Yatirim Insaat Sanayi Ve Tcaret A.S, LCC, acreditada e reconhecida internacionalmente na execução de projectos de construção de linhas de transmissão de energia, centrais fotovoltaicas e energia eólica.
A empresa turca, aprovada por via do Despacho Presidencial número 198/21, de 22 de Novembro, foi responsável pelos estudos de viabilidade do projecto.
O Despacho Presidencial autoriza o ministro da Energia e Águas, com a faculdade de subdelegar, a praticar os actos decisórios e de aprovação tutelar, incluindo a elaboração das peças do procedimento, a adjudicação, celebração e assinatura do contrato com a empresa turca.
O primeiro e grande investimento turco em Angola compreende a gestão da siderurgia de ferro de Cassinga, no município da Jamba, 315 quilómetros a leste da cidade do Lubango, província da Huíla, gerida pela empresa turca Tosyali Holding. O objectivo é torná-la numa potência do ponto de vista da exportação de aço.
O projecto mineiro siderúrgico de Cassinga, cujas actividades de exploração do minério de ferro foram suspensas nos anos 70, reataram em 2019, depois da assinatura do contrato de investimento, em que a energia eléctrica era um factor determinante.