OMS pede “mais transparência” a Pequim sobre dados da pandemia
AOMS apelou no sábado, 14 de Janeiro, à China para fornecer mais dados sobre a pandemia, durante uma reunião com autoridades de saúde chinesas, no mesmo dia em que a Comissão Nacional de Saúde da China anunciou ter contabilizado pelo menos 60.000 mortes relacionadas à Covid-19 desde Dezembro.
O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, conversou com o director da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, no sábado (14), para abordar a questão da recente onda de casos de COVID-19 no país.
Esta reunião ocorreu no mesmo dia em que as autoridades sanitárias anunciaram cerca de 60.000 mortes relacionadas à COVID-19 desde o levantamento das restrições no mês passado.
Durante a conferência, funcionários chineses forneceram informações relativamente ao número de infecções e hospitalizações, mas também sobre o número de mortes relacionados ao vírus. O comité liderado pela OMS agradeceu os esforços do país na partilha de informações a respeito da pandemia ao longo dos últimos três anos, mas pediu esclarecimentos a Pequim.
De acordo com um comunicado publicado momentos após o término do encontro, a organização expressou o seu desejo de que o país partilhe dados mais detalhados com a organização e o público, e renovou o seu pedido para que o acesso aos dados seja livre e transparente. O documento também reitera a “importância de uma profunda cooperação e transparência da China” para ajudar a “compreender as origens da pandemia”.
Desde o levantamento das medidas restritivas em Dezembro, uma onda de contágios sem precedentes vem alarmando o mundo inteiro, com as autoridades de saúde chinesas a registarem um record de 37 milhões de casos de COVID-19 em apenas um dia no mês passado.
Recentemente a Comissão Nacional Sanitária anunciou uma queda no número de infectados e hospitalizações, mas a veracidade das declarações está a ser fortemente contestada a nível nacional e internacional, à medida que mais países começam a impor restrições de viagem a cidadãos chineses.