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Namíbia combate contrabando de combustível vindo de Angola

O governo namibiano enfrenta um grande problema com o contrabando de combustível de Angola através da fronteira no norte da Namíbia, que já se arrasta há algum tempo e suscita sérias preocupações económicas e de segurança.

Carlo McLeod, director-adjunto para o cumprimento da regulamentação no Ministério das Minas e Energia, disse que o governo enviou uma equipa de 10 a 16 de Julho de 2022 para investigar o problema nas áreas afectadas.

Nos últimos anos, diversos operadores de estações de serviço queixaram-se da concorrência que recebem do combustível barato de Angola, que ameaça a sobrevivência dos seus negócios.

Reclamam que a maioria dos seus clientes – operadores de táxi – se voltou para o combustível contrabandeado, deixando as estações de serviço com despesas gerais e com salários por pagar.

Por outro lado, os taxistas queixam-se também de que o elevado custo do combustível vendido no país está a ameaçar a viabilidade dos seus negócios, deixando-os sem outra opção que não seja comprar o combustível contrabandeado mais barato.

McLeod afirmou que a equipa de investigação encontrou muitas questões que contribuem para o negócio do contrabando de combustível no norte do país. Um deles é pelo facto de não existirem cercas fronteiriças delineadas, o que torna difícil para os agentes manterem um controlo efectivo da situação.

“As habitações tradicionais ao longo da fronteira em ambos os países são utilizados como instalações de armazenamento de combustível contrabandeado, sendo os táxis os principais consumidores de combustível contrabandeado. Há também motoristas privados que conduzem para Angola com o objectivo de encher os seus veículos apenas para os vir e esvaziar para revenda na Namíbia”, referiu McLeod, acrescentando que há a necessidade de encontrar um equilíbrio delicado.

O directou reitera ainda que “outro factor é que a maioria dos guardas de fronteira estão a envelhecer e são frequentemente confrontados com contrabandistas jovens que frequentemente os ultrapassam”, acrescentando que tem havido preocupações sobre situações de risco de vida, bem como sobre situações económicas e de segurança.

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