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Finlandeses são os que mais confiam na informação noticiosa

A Finlândia continua a ser “o país com os níveis mais elevados de confiança global” nas notícias, de acordo o relatório Reuters Digital News Report 2024 (Reuters DNR 2024), hoje, segunda-feira, dia 17, divulgado, que analisa 47 mercados.

O Reuters Digital News Report 2024 é o 13.º relatório anual do Reuters Institute for the Study of Journalism (RISJ).

A Finlândia continua a ser o país com os níveis mais elevados de confiança global (69%), “enquanto a Grécia (23%) e a Hungria (23%) registam os níveis mais baixos, num contexto de preocupações quanto a uma influência política e empresarial indevida sobre os meios de comunicação social”. Em Portugal, “a confiança nas notícias (40%) manteve-se estável no último ano, mas continua a ser quatro pontos abaixo do registado no auge da pandemia do coronavírus”, refere o documento.

O estudo Reuters DNR 2024 “conclui que as normas elevadas, uma abordagem transparente, a ausência de parcialidade e a equidade em termos de representação dos meios de comunicação social são os quatro principais fatores que influenciam a confiança.”

Eleições aumentam nível de interesse nas notícias

O relatório conclui ainda que “as eleições aumentaram o interesse pelas notícias nalguns países, incluindo os Estados Unidos (52%, mais 3% do que no ano passado), mas a tendência geral continua a ser descendente.” Por exemplo, o interesse pelas notícias na Argentina “caiu de 77% em 2017 para 45% actualmente.” No Reino Unido (38%), “o interesse pelas notícias diminuiu quase para metade desde 2015”.

Além disso, assistiu-se a um crescimento do “evitar selectivo de notícias”, com cerca de quatro em cada dez (39%) a afirmar que, por vezes ou frequentemente, evitam as notícias – mais três pontos percentuais do que a média do ano passado -, “com aumentos mais significativos no Brasil, Espanha, Alemanha e Finlândia”.

“Os comentários abertos sugerem que os conflitos intratáveis na Ucrânia e no Médio Oriente podem ter tido algum impacto”, segundo o relatório.

O podcasting de notícias continua a ser “um ponto positivo para os editores, atraindo audiências mais jovens e com um bom nível de educação, mas é uma actividade minoritária em geral.”

Num conjunto de 20 países, “pouco mais de um terço (35%) acede a um podcast mensalmente, sendo que 13% acedem a um programa relacionado com notícias e assuntos actuais. Muitos dos podcasts mais populares são actualmente filmados e distribuídos através de plataformas de vídeo como o YouTube e o TikTok”.

O inquérito foi realizado em 47 países entre os quais quatro africanos: Marrocos, Nigéria, Quénia e África do Sul.

O trabalho de campo foi realizado no final de Janeiro/início de Fevereiro.

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