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Fazenda Vila Verde aposta no cultivo de arroz

A Fazenda Vila Verde, no município do Cuchi, província do Cuando Cubango, desenvolve um projecto agrícola virado ao cultivo do arroz para uma produção em grande escala a partir da próxima campanha agrícola, tendo em conta o potencial que a localidade oferece.

Localizada a 60 quilómetros da sede municipal, o proprietário da fazenda Vila Verde, Santos Benjamim Cassule, disse ao Jornal de Angola que, para o efeito, foram preparados na presente campanha agrícola 38 hectares de terras aráveis, de forma experimental, para o cultivo do arroz, com uma estimativa de colheita, até ao mês de Junho, de mais de 10 toneladas do cereal.

Santos Benjamim Cassule reafirmou a aposta no cultivo de arroz, ainda que este ano a título experimental, e pela quantidade produzida, prevê aumentar a plantação em cerca de 500 hectares, apesar de ainda não possuir uma máquina de descasque. Disse que caso tenha o apoio do Governo ou de uma instituição bancária, para a aquisição de uma máquina de descasque do arroz, o mesmo será comercializado nos distintos mercados do Cuando Cubango. Se não obter nenhuma ajuda, a produção servirá apenas como semente, para apoiar os agricultores que pretendem apostar no cultivo do arroz.

Explicou que, desde 2016, tem apostado no campo, mas nunca beneficiou de financiamento ou apoio governamental, sobretudo no âmbito das políticas de apoio aos agricultores nos mais variados programas, situação que lhe tem impedido de expandir a produção nos cerca de mil hectares de terra aráveis disponíveis na sua fazenda.

Fez saber que por falta de apoio, produz apenas arroz de forma experimental, milho, feijão, ginguba, mandioca, quiabo, pepino, tomate, batata-doce e rena, repolho, couve e cebola em apenas 68 hectares dos cerca de mil hectares.

Santos Benjamim Cassule disse que na presente campanha agrícola prevê-se colher na sua propriedade mais de 40 toneladas de produtos diversos e pretende apostar também na criação de gado bovino, caprino e suíno.

O responsável explicou ainda que, actualmente, conta com 12 empregados e este número tende a aumentar durante o tempo de semear e colheita dos produtos do campo. Apontou como dificuldades a falta de crédito bancário, viaturas para transportar as mercadorias do campo para a cidade e vice-versa, inputs agrícolas, tractores e alfaias agrícolas, bem como um sistema de rega gota-a-gota.

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