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António Costa confirmado presidente do Conselho Europeu

O ex-primeiro ministro português, António Costa é o próximo presidente do Conselho Europeu. O seu nome foi o único proposto para a presidência do órgão que representa os 27 Estados-membros, tendo conseguido a maioria qualificada necessária para ser aprovado. António Costa será o primeiro português e socialista no cargo desde que foi criado, no âmbito do Tratado de Lisboa, em 2009, e sucederá ao belga Charles Michel que liderou o órgão durante cinco anos (dois mandatos). António Costa tomará posse a 1 de Dezembro para um mandado de dois anos e meio, renovável.

A decisão foi tomada depois do jantar dos chefes europeus, em Bruxelas, à semelhança do primeiro encontro no início do mês, depois de uma reunião no Conselho Europeu durante a tarde no qual foram abordados vários temas, entre eles, o alargamento à Ucrânia, a guerra no Médio Oriente e ainda temas ligados à segurança e defesa.

António Costa agradeceu em francês e inglês

Na rede social X, António Costa agradece a nomeação para o cargo, garantindo que será com “um enorme sentido de missão” que assumirá “a responsabilidade de ser o próximo Presidente do Conselho Europeu”.

Além de António Costa, os 27 líderes europeus (Pedro Sanchéz esteve ausente, mas delegou o voto a Olaf Scholz) também aprovaram a indicação de Kaja Kallas para o cargo de alta representante da União Europeia para a política externa e Ursula von der Leyen para um segundo mandato na presidência da Comissão Europeia.

Ao contrário de Costa, Kallas e von der Leyen terão ainda de passar pelo crivo do Parlamento Europeu (361 votos), algo que deverá acontecer a 16 de Julho, na sessão constitutiva. Nessa altura, tomarão posse os 720 eurodeputados e serão eleitos os presidentes e vice-presidentes do Parlamento Europeu. Roberta Metsola deverá ser reconduzida para presidir o hemiciclo em Estrasburgo, e será escolhido nessa mesma sessão também o seu vice-presidente.

O primeiro de dois dias do encontro entre os líderes europeus serviu ainda para aprovar a agenda estratégica para os próximos cinco anos, um documento no qual ficaram definidas as prioridades e as orientações estratégicas da UE para a próxima legislatura, entre elas, a adesão da Ucrânia à UE, a segurança, defesa, imigração a competitividade.

A aprovação de Costa para o cargo já era expectável uma vez que, no início da semana, os líderes europeus já tinha chegado a acordo sobre os nomes que iriam presidir as principais instituições na União Europeia.

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