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Albina Assis distinguida como modelo de luta e dedicação

A antiga ministra dos Petróleos Albina Assis foi, quinta-feira, distinguida como modelo de luta e dedicação pelo contributo em prol do desenvolvimento socio-económico de Angola, num evento testemunhado pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

Em declarações à imprensa, após a cerimônia organizada pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Esperança da Costa disse que o acto representa uma grande oportunidade para as mulheres orgulharem-se e terem a engenheira como modelo de luta, responsabilidade e dedicação.

De acordo com a Vice-Presidente, Albina Assis Pereira Africano trabalhou com afinco e foco, lutando contra todas as peripécias vividas pelo país, bem como o facto de ser “pioneira” na indústria petrolífera angolana, “onde assumiu tarefas com muita responsabilidade”.

Albina Assis Pereira Africano, realçou Esperança da Costa, é uma intelectual de elevada competência que desde muito jovem assumiu vários desafios, sobretudo na área da Docência, Gestão, Política e nas últimas décadas soube de forma dinâmica  representar Angola em eventos internacionais.

Com essa entrega total para o bem da nação, referiu a Vice-Presidente, a engenheira Química soube honrar todas as mulheres ao cumprir com zelo, dedicação, afinco e também com coragem e humildade, as tarefas em prol do progresso socioeconómico de Angola.

A homenagem levada a cabo pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, frisou a Vice-Presidente da República, é, por um lado, o reconhecimento do invejável percurso da engenheira Albina Assis e, por outro, uma valorização do papel de todas as mulheres angolanas aos longo dos 47 anos de independência do país. Esperança da Costa referiu que conheceu a engenheira Albina Assis na década de 70 e foi seguindo o seu percurso em prol da edificação de uma geração formada, com o objectivo de assumir responsabilidades nos vários sectores do país.

Albina Assis Pereira Africano foi “pioneira” na gestão de instituições relevantes, nomeadamente o Laboratório Nacional de Bromatologia, que lidava directamente com a normalização dos produtos alimentares que entravam no país, foi ministra dos Petróleos, directora da Refinaria de Luanda e a primeira mulher a dirigir a Sonangol. “Isso representa um grande orgulho”, afirmou Esperança da Costa.

A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, presente no evento, disse sentir-se muito feliz em ver e participar na cerimónia de homenagem à engenheira Albina Assis, “por ser uma mulher de resiliência, que impulsiona a juventude da nova geração”.

O gesto levado a cabo pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em homenagear a engenheira Albina Assis Pereira Africano, frisou Carolina Cerqueira, é sinónimo de reconhecimento merecido e que deve servir de modelo para as mulheres de Angola.

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, disse que Albina Assis Pereira Africano é parte do património da instituição, onde foi também ministra, de 1992 a 1999.

“O dinamismo, a independência, a originalidade e a criatividade, são atributos que a engenheira Química teve no sector Petrolífero nacional”, sublinhou.

Diamantino Azevedo disse ser impossível falar da Indústria Petrolífera Angolana sem citar o nome de Albina Assis. “Por isso, decidimos atribuir o seu nome ao auditório das instalações do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, em seu reconhecimento”, disse.

“Estamos diante de uma mulher que orgulha as demais africanas e não só. Por isso, fazemos vénia ao seu percurso, não só no sector Petrolífero, mas também como professora de uma geração que hoje são políticos, engenheiros, entre outros”, afirmou Diamantino Azevedo.

  “Uma mulher de ensino que impulsionou intelectuais”

O ex-ministro da Justiça e dos Direitos Humanos Francisco Queirós referiu que Albina Assis Pereira Africano é uma mulher do ensino que muito cedo dedicou o seu tempo para formar a nova geração e impulsionou grandes intelectuais.

Francisco Queirós referiu que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, fez um gesto de reconhecimento a uma grande personalidade, por ter homenageado uma pessoa em vida. Isto, frisou, é muito importante e deve ser seguido, referiu.

Homenagear as pessoas depois de morrer, frisou o ex-ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, não tem significado, porque não sabe que está sendo reconhecido pelos seus actos.

A secretária-geral da OMA, Joana Tomás, surpreendida pela biografia da engenheira química Albina Assis, disse que é um grande prazer saber que a homenageada tem uma trajectória de lutas e sucessos que deve ser ouvida pelas mulheres.

“Albina Assis Pereira Africano é uma voz que deve ser ouvida, porque traz consigo conselhos e experiências para todos nós, em particular para o sector Petrolífero”, citou Joana Tomás, enfatizando as virtudes da engenheira no que toca ao empoderamento da mulher.

Em gesto de agradecimento, Albina Assis disse que teve esse percurso, porque assim Deus quis que acontecesse, para, de forma conjunta, construir uma nação, onde os seus filhos deverão assumir as suas responsabilidades.

A cerimónia de homenagem à engenheira Química contou também com a presença da vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, do presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Pai Querido Martins, antigos ministros do Ministério dos petróleos, deputados à Assembleia Nacional, entidades religiosas, familiares e amigos de Albina Assis, nascida em Luanda, a 3 de Junho de 1945.

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