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Quase 900 mil famílias recebem apoio do Kwenda

Um total de 892.486 agregados familiares foram cadastrados até ao mês de Agosto deste ano, em todo país, no âmbito do Programa de Transferências Sociais Monetárias (Kwenda), destinado a cidadãos em situação de vulnerabilidade.

O Kwenda é um programa do Executivo angolano que visa criar políticas de apoio às famílias mais vulneráveis e abrange quatro componentes: Transferências Sociais monetárias, Inclusão Produtiva, Municipalização da Acção Social e Cadastro Social Único.

De acordo com um comunicado de imprensa saído na 1ª reunião Ordinária da Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros realizada esta quarta-feira, sob orientação da ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, foram pagos, pelo menos uma transferência monetária 592.212 agregados familiares.

O programa beneficiou directamente 16.924 famílias com acções de inclusão produtiva.

Na reunião, a Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros aprovou um documento que apresenta uma breve avaliação dos programas sociais, nomeadamente o Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), o Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP) e o Programa Kwenda.

A Comissão apresentou, igualmente, medidas para a melhoria da execução dos referidos programas, de forma a garantir uma maior intervenção dos Órgãos da Administração Local do Estado e assegurar, de forma integrada e complementar, a efectiva satisfação das necessidades básicas dos munícipes.

Execução do PIIM regista melhorias

No que toca ao PIIM, a comissão constatou que até Junho deste ano registaram-se melhorias significativas no cumprimento das condições precedentes dos projectos, encontrando-se em execução 2040 projectos, contra os 1.749 inicialmente programados.

Em relação ao PIDLCP, o documento refere que foram integradas 76 mil 636 pessoas em actividades geradoras de rendimentos, o que corresponde a 83,99% em relação à meta programada para o quinquénio 2018-2022.

Com o programa 35.411  crianças menores de 5 anos de idade beneficiaram de rendimento social mínimo, representando um grau de execução de 244%.

No geral, o PIDLCP alcançou um grau de 77, 07%, face às metas estabelecidas para o quinquénio.

Reestruturação dos programas

A Comissão recomendou, após a análise dos aspectos críticos e constrangimentos relativos à execução dos programas, a adopção de medidas que permitam a reestruturação e a redefinição dos eixos estratégicos dos mesmos, visando a unicidade dos mecanismos de monitorização e fiscalização dos projectos.

Orientou também um maior engajamento dos gestores, o cumprimento rigoroso da parametrização dos diferentes programas e uma melhor articulação entre os departamentos ministeriais responsáveis pela implementação das diferentes acções, os Ministérios das Finanças e da Economia e Planeamento.

Educação

A reunião apreciou, no âmbito da melhoria da qualidade do sistema de educação e ensino, o Projecto de Decreto Presidencial que estabelece o regime de criação, organização e funcionamento das instituições privadas e público-privadas de educação pré-escolar e de ensino primário e secundário.

O diploma pretende clarificar o grau de intervenção do Estado nas instituições privadas e público-privadas de ensino não universitário, bem como o nível de autonomia das mesmas, de acordo com os limites impostos pelas regras do Estado Democrático de Direito.

Reivindicações sindicais

A reunião apreciou ainda um memorando que contém propostas de medidas para fazer face às reivindicações grevistas e sindicais, tendo em vista a sua melhor avaliação do ponto de vista legal, orçamental, económico e social.

A Comissão constatou que, na generalidade, as reivindicações apresentadas pelas distintas organizações sindicais convergem e resumem-se fundamentalmente na actualização salarial, face a perda do poder de compra, aumento salarial para assegurar a equidade, generalização do seguro de saúde e melhoria das condições de trabalho.

A adopção de um regime de incentivos que atraiam e retenham quadros nas zonas recônditas e promoção na carreira e actualização de categorias constam, igualmente, das reivindicações.

Para mitigar e solucionar tais problemas, a Comissão propõe, dentre outras medidas, a realização de estudos de impacto sobre a retoma do princípio do ajustamento salarial anual com base na inflação esperada, a promoção gradual de carreira e actualização de categorias.

Propõe, igualmente, o enquadramento no regime de subvenção e preços vigiados dos fármacos para diabetes mellitus, tensão arterial, doenças reumatológicas, renais, do colagénio e tuberculose, considerando o seu grau de incidência na função pública, bem como a uniformização do subsídio de isolamento de acordo com critérios legais estabelecidos e a generalização do seguro de saúde na função pública.

Promoção do emprego

Em declarações à imprensa, no final da reunião, a ministra da Educação, Luísa Grilo, salientou que a proposta de revisão do Decreto Presidencial que estabelece o regime de criação, organização e funcionamento das instituições privadas e público-privadas da educação visa a promoção do emprego e o fortalecimento das instituições empreendedoras nos vários domínios.

“Pretendemos aproximar cada vez mais as iniciativas que possam gerar emprego para a juventude e alargar a oferta dos serviços de educação nas diferentes comunidades e diferentes níveis de ensino, bem como agilizar os mecanismos ou seja  simplificar os processos de funcionamento e organização das escolas do ensino privado”, realçou a ministra.

A ministra fez saber, por outro lado, que no encontro foi ainda abordada a criação de uma plataforma para a negociação com os sindicatos e todos os movimentos grevistas de vários sectores da função pública.

Conforme a ministra, existe uma equipa com diferentes departamentos ministeriais, supervisionada pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote, e coordenado pelo Ministério da Administração Pública Trabalho Segurança Social, que trabalha para a plataforma, visando a resolução dos problemas de forma uniforme para todos os sectores e intervenientes, uma vez que as reivindicações são também comuns a todos os sectores.

Informou que todos os sindicatos da função pública serão  integrados no trabalho para esta plataforma, que já começou a trabalhar.

 

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